21 agosto 2015

[RESENHA] A culpa é das estrelas - John Green



Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

          



Hazel é aquela garota que tem câncer clássica dos filmes: angustiada e meio depressiva. Certo dia, sua mãe resolve que está na hora de colocá-la em um Grupo de Apoio e a vida de Hazel muda completamente quando, lá, ela conhece Augustus, um jovem que também tem câncer, mas que, diferente de Hazel, sabe aproveitar os bons momentos como se fossem os últimos.

Nos dias mais sombrios, o Senhor coloca as melhores pessoas na sua vida.

Realmente, a história de Hazel e Augustus é linda e emocionante, e John Green provou que sabe fazer bons livros. Assumo, é um clichê: a velha história de amor entre dois jovens que têm doenças terminais. Eu não gosto de clichês, mas esse me encantou. O livro é impressionantemente bem escrito, sem falar nas suas lindas frases.

       
         
A viagem para Amsterdã, que constitui na realização do desejo de Hazel em conhecer o autor de seu livro favorito é interessante, pois nela a relação entre ela e Gus se concretiza e acontece a primeira vez de Hazel.



Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra.

Acima de qualquer boa escrita ou história bem construída, o livro traz embutido, uma lição de vida para reflexão. Porque reclamamos da vida? Porque existem pessoas que sofrem tanto? É uma história bem realista, e foge daqueles romances água com açúcar.


-Esse é o problema da dor (...). Ela precisa ser sentida.

Não tenho palavras para dizer como esse livro me tocou da primeira vez que eu li. Foi um impacto dar de cara com uma história tão linda quanto essa. Mas, lendo pela segunda vez eu percebi que talvez nem fosse tudo isso.

Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações.


O final do livro, pra quase todo mundo foi uma decepção. Pra mim, o final foi super bom (me julguem). Fugindo do "clichê" do restante do livro, John Green dá um desfecho nada tradicional e previsível, emocionando e surpreendendo os leitores.




Esse livro, realmente é um misto de emoções, ora você ama o autor, ora odeia o mesmo. Confesso que fui ler com muitas expectativas, já que todo mundo dizia que o livro era perfeito e tal, mas acabo com a conclusão de que é um livro muito bom (e só isso), nada de extraordinário ou sensacional.


CAPA - 6
HISTÓRIA E ENREDO - 9
PERSONAGENS - 8
DESFECHO - 8

NOTA NO SKOOB: 4.4


LIVRO
   (4/5)
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS: 288
ANO: 2012
GÊNERO: YOUNG ADULT / ROMANCE / DRAMA


SOBRE O AUTOR
John Green nasceu em Indianópolis, Indiana, EUA, no dia 24 de agosto de 1977, mas cresceu em Orlando, Flórida. Ele estudou na Lake Highland Preparatory School e na Indian Springs School (local usado para cenário do livro “Quem é Você Alasca?”). No ano 2000, formou-se em Inglês e Estudos Religiosos, pela Kenyon College. John chegou a considerar a possibilidade de ser ministro episcopal.
John Green passou cinco meses trabalhando em um hospital infantil, o que lhe inspirou mais tarde a escrever “A Culpa é das Estrelas”. Morou em Chicago, onde foi assistente editorial do jornal Booklist. Em Nova York, foi crítico literário no The New York Times Book Review.
John Green é uma estrela do segmento chamado de Young adult – a literatura para adolescentes e jovens, é autor dos livros “Quem é Você Alasca?” (2005), O “Teorema Katherine” (2006), “Deixe a Neve Cair” (2008), “Cidades de Papel” (2008), “Will e Will, Um Nome, Um Destino” (2010) e “A Culpa é das Estrelas” (2012), um sucesso de vendas nos Estados Unidos e também no Brasil. A literatura de John Green é realista e firmemente ancorada nos dias de hoje.