21 agosto 2015

[RESENHA] Cidades de papel - John Green

Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. 

Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.



          

A primeira parte do livro consiste, principalmente, na realização do plano de vingança de Margo com ajuda de Quentin. Esse é um dos pontos fortes do livro e que prende o leitor. Confesso que dei altas gargalhadas com as loucuras de Margo, enquanto praticava cuidadosamente as onze etapas de sua vingança. Aliás, Margo não é simplesmente mais uma daquelas garotas populares e estúpidas do colégio. Ela tem um humor inigualável e suas ideias mirabolantes fazem com que o leitor se apaixone pela personagem. Porém, tudo muda quando depois dessa noite de aventuras, Margo some e a vida de Q. passa a girar em torno da busca de pistas para encontrá-la. O livro começa a ficar repetitivo, já que a impressão que dá é que todas as pistas levam a lugar nenhum e que Quentin nunca desiste de encontrar Margo (isso é meio estúpido da parte dele), arriscando até a própria vida e de seus amigos.


É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.

O final do livro é bastante decepcionante. Eu gosto de finais surpreendentes, mas esse é inexplicável. Ainda não entendi o que deu na cabeça do John Green. Eu esperava algo bem mais feliz (e não estou dando spoiler).



O para sempre é composto de agoras.

Seria um clichê falar sobre o John Green e sua escrita. Não só nesse livro, como em todos os outros, ele consegue abordar temas polêmicos e controversos paralelos a uma história de amor, mas com uma linguagem simples e, principalmente, destinada aos jovens.


Nada acontece como a gente acha que vai acontecer.


Bem, se você espera um típico livro de "Sessão da tarde", essa é uma boa pedida. Mas, se você preza pelos bons enredos e pela histórias cativantes, eu não te recomendo esse livro!



Balanceando momentos ruins e bons, o livro traz uma linguagem bem jovial, porém com uma história sem muitas revelações.



CAPA - 7
HISTÓRIA E ENREDO - 7
PERSONAGENS - 8
DESFECHO - 5

NOTA NO SKOOB: 3.9


LIVRO:
  (3/5)
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS: 368
ANO: 2013
GÊNERO: YOUNG ADULT / ROMANCE / DRAMA




SOBRE O AUTOR
John Green nasceu em Indianópolis, Indiana, EUA, no dia 24 de agosto de 1977, mas cresceu em Orlando, Flórida. Ele estudou na Lake Highland Preparatory School e na Indian Springs School (local usado para cenário do livro “Quem é Você Alasca?”). No ano 2000, formou-se em Inglês e Estudos Religiosos, pela Kenyon College. John chegou a considerar a possibilidade de ser ministro episcopal.
John Green passou cinco meses trabalhando em um hospital infantil, o que lhe inspirou mais tarde a escrever “A Culpa é das Estrelas”. Morou em Chicago, onde foi assistente editorial do jornal Booklist. Em Nova York, foi crítico literário no The New York Times Book Review.
John Green é uma estrela do segmento chamado de Young adult – a literatura para adolescentes e jovens, é autor dos livros “Quem é Você Alasca?” (2005), O “Teorema Katherine” (2006), “Deixe a Neve Cair” (2008), “Cidades de Papel” (2008), “Will e Will, Um Nome, Um Destino” (2010) e “A Culpa é das Estrelas” (2012), um sucesso de vendas nos Estados Unidos e também no Brasil. A literatura de John Green é realista e firmemente ancorada nos dias de hoje.